Joana Carvalho |
Desta vez experimentei o exercício da nobre missão de
encarnar a figura do Pai Natal.
Numa noite de afectos partilhados, toda a família do meu
amigo Domingos Ribeiro reúne-se no acolhedor Salão criando um ambiente de festa e de
magia, apesar de algum mal disfarçado nervosismo das crianças perante a ansiada chegada do «velhinho de longas barbas» que as brindarão com prendas pelo bom
comportamento durante o ano prestes a terminar.
Chegado de um outro convívio, não menos feliz, entrei num
espaço lateral ao Salão para me vestir a preceito. Mas não contive as gargalhadas pela
figura de bonacheirão em que me ia tornando à medida que completava a fatiota de «Pai Natal».
No Salão, os convivas deliciavam-se, entre conversas múltiplas
e petiscos próprios da época, num ambiente aquecido por uma lareira sempre
alimentada durante esta noite fria e tão especial.
Mas foi a entrada da figura afável e marcante do Pai Natal
que precipitou a algazarra dos convivas e o olhar mágico, cândido e
interrogativo das crianças que o esperavam com a habitual ansiedade. Se o Pai Natal ali estava era porque mereciam a sua presença. E o
momento da entrega dos presentes acrescentou candura à magia guardada durante
todo o ano.
E, acreditem, agora compreendo melhor o facto do Pai Natal se
apresentar, ano após ano, com aquele ar bonacheirão e de visível saúde. Porque
não pode haver missão mais nobre e saudável do que a de despertar o sorriso das crianças.
Está de parabéns a família Ribeiro por manter bem viva esta
tradição ancestral da junção dos afectos numa noite tão especial e de despertar
nas crianças o sonho e a magia do Pai Natal.
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