Já faz algum tempo que deixei de semear
emoções por aqui. Vicissitudes desta vida, cheia de mistérios, acomodaram-me a
um canto da saudade no propósito de cicatrizar feridas abertas pela ausência do
ser que me inspirou toda a vida.
Optei pela quietude dos dias, viajando
para lugares longínquos como que procurando respostas que, apesar da obstinação,
não consegui descortinar. Hoje, mais que nunca, questiono o sentido da vida quando,
de repente, me deparo com a ausência definitiva do rosto, da voz, do olhar, do
aconchego e da ternura do ser humano mais presente em todas as fases da minha existência.
São estranhos e insondáveis os caminhos
da perda e do luto. Mas chegou o tempo de seguir em frente e de regressar a uma
atmosfera mais livre de nostalgias e menos fixado em melancolias estéreis. Na
certeza de que viver a vida é preservar o que de melhor nos foi legado e abrigar
as recordações dos que nos precederam na caminhada de afectos de que se
faz o dia-a-dia.
Ou seja: honrar a memória dos que partilharam ou continuam a partilhar a história de cada um de nós. Por isso, retorno a este meu repositório de emoções!
Ou seja: honrar a memória dos que partilharam ou continuam a partilhar a história de cada um de nós. Por isso, retorno a este meu repositório de emoções!
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