(Carvalhal) |
Cá estamos, pela segunda vez, na Praia do Carvalhal, imponente
abertura para o Atlântico, emparedada por possantes contrafortes graníticos, característicos
da costa vicentina.
Aqui chegados, o mesmo deslumbre que nos invadiu na
primeira vez. São belos os montes que rodeiam este refúgio, onde o nudismo se
passeia com um à-vontade que impressiona. A praia é de areia macia e o oceano exibe-se
de baixa maré.
Para trás ficou a costa algarvia. Albufeira, ainda
apinhada de gente, suaviza o interesse de quem ama mais o sossego e os
silêncios da voz do mar.
A Praia da Rocha convida a um percurso até ao Vau, por entre arribas, que desafiam o instável equilíbrio, e grutas da
cor do ouro semeadas ao longo do imenso areal.
(Sagres) |
Sagres, pelo contrário, é um promontório que nos convoca à meditação sobre os recuados tempos em que o nosso país se aventurou na
conquista de territórios desconhecidos.
Por ali permanecem vestígios da Escola
Náutica que formou homens de têmpera que ousaram enfrentar o medo do
desconhecido para levar, o mais longe possível, o nome de Portugal.
São cerca de 9.00 horas e o sol já se faz sentir
com alguma intensidade. Os veraneantes, de fim de época, vão chegando aos
poucos. Não se vêm crianças, pois, já estarão atarefadas pelo regresso às
rotinas escolares. Daí que a praia do Carvalhal esteja mais solitária.
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O
marulhar das águas, lá ao fundo, denuncia um azul-turquesa que dá mais brilho a
este Alentejo borda-d’água.
Subi o morro do lado direito para admirar a praia
lá do alto. E amei.
As águas parecem mais serenas e os poucos veraneantes
passeiam-se na admiração do mar.
Ao contemplar a paisagem bucólica, por entre um
silêncio de sonho, tudo o que a alma carrega de preocupações desaparece, como
por magia. Adorava permanecer neste paraíso, achado ao acaso, durante todo o
tempo que o mundo tem. Esquecer o que vivemos e deixar que o pensamento voe
tranquilamente pelo nosso futuro breve.
Fotos de cortar a respiração, parecendo ainda mais paradisíacas por se encontrarem desertas. Qualquer dia atrelo-me à Micha...
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