Foto: Joana Carvalho
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Neste véu diáfano de incerteza
Onde tenho andado, qual miragem
Entre margens de inquieta rudeza
Aguardando o regresso da viagem!
Só eu caminho pelo meio desta selva
Aspirando velhos sonhos cor de mar
Tal como as pétalas verdes da relva
Sei para onde o vento me quer levar!
Queria correr e saltar estes muros
Que vertem nostalgia amarga de fel
Anseio o dia de respirar ares puros
Feitos brisa de cavalos em tropel!
A madrugada é de azul quando emerge
Com a alma disfarçada em rosmaninho
A saudade é um tempo que remexe
Emoções e outras fúrias em desalinho!
Carlos da Gama
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