A
notícia acaba de chegar através dos média: «Morreu Luiz Goes, a voz do fado de Coimbra». Voz inconfundível que, na minha infância tardia, incutia
uma sensação amarga e doce e de surpreendente nostalgia pela triste sorte do
meu país, cantado na clandestinidade.
Luiz
Goes, Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso são pilares da música de intervenção
que emergiu, no Portugal amordaçado, na década de sessenta do século passado.
Não
esqueço que foi pela voz destes timoneiros da liberdade que aprendi a olhar o meu semelhante de forma diferente. E, por isso, estou-lhes profundamente grato.
Hoje
o Luiz Goes partiu para junto dos seus companheiros da canção de protesto. É mais
um pedaço de mim que se afasta por breves momentos…
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