Foto: Carlos da Gama |
O final do Verão aproxima-se a passos largos.
Em breve, a
chuva, o frio e o vento regressarão ao meu quotidiano, empastando os dias e
alongando os meses do meu descontentamento.
Será o tempo de
adormecimento da natureza e das noites aquecidas pelas lareiras de cada
destino. Será, também, o tempo de algumas despedidas, de mudança de
ares, de novos horizontes de lua cheia, de esperança de concretização de um sonho
que semeará quimeras pelas falésias da ilusão. Porque os sonhos maduros
florescem, mesmo em tempos de vertigens frescas, nos rios da liberdade!
Será, ainda, um tempo de baladas secretas em nome de paixões
suspensas por cativos voos de maresia que teimam permanecer com luz desperta. Pois, dentro
do peito coexistem rosas vermelhas desfolhadas em afectos e uma ternura afagada
pela corrente que dá sentido a cada sonho.
Este ciclo da vida -, de nascer, crescer e morrer -, desaguará
num novo renascimento da voz da terra donde emergimos e que é a nossa casa
comum. Apesar da alma se abrigar nas estrelas que olham este planeta duma forma
meiga e sedutora.
Toda a nossa vida é um tempo de espera ...
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