quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tempo de espera…





Foto: Carlos da Gama






O final do Verão aproxima-se a passos largos. 
Em breve, a chuva, o frio e o vento regressarão ao meu quotidiano, empastando os dias e alongando os meses do meu descontentamento.
 Será o tempo de adormecimento da natureza e das noites aquecidas pelas lareiras de cada destino. Será, também, o tempo de algumas despedidas, de mudança de ares, de novos horizontes de lua cheia, de esperança de concretização de um sonho que semeará quimeras pelas falésias da ilusão. Porque os sonhos maduros florescem, mesmo em tempos de vertigens frescas, nos rios da liberdade!
Será, ainda, um tempo de baladas secretas em nome de paixões suspensas por cativos voos de maresia que teimam permanecer com luz desperta. Pois, dentro do peito coexistem rosas vermelhas desfolhadas em afectos e uma ternura afagada pela corrente que dá sentido a cada sonho.
Este ciclo da vida -, de nascer, crescer e morrer -, desaguará num novo renascimento da voz da terra donde emergimos e que é a nossa casa comum. Apesar da alma se abrigar nas estrelas que olham este planeta duma forma meiga e sedutora.
Toda a nossa vida é um tempo de espera ... 

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