O homem tem por hábito dar um especial relevo à passagem do último
dia de Dezembro e o primeiro de Janeiro. E faz questão, quase sempre, de
ambicionar um novo ciclo de sucesso e bem-estar.
Alguns socorrem-se dos astros, bruxas, cartomantes e quejandos
vários para antever o futuro próximo. Depois, ao longo do ano, esquecem tudo o
que foi previsto e enfrentam a vida com a resignação de sempre.
Quando a idade fica mais madura, as escolhas são de outra índole:
foram-se as ilusões do tempo verde e navegamos mais na construção de silêncios.
E as companhias que mais procuramos são os afectos de proximidade.
O ano está quase no fim. São dias agitados, de grande rebuliço
pelas catedrais do consumo. Repetem-se as liturgias de sempre. Vêm-se olhares
mais ternos e sorrisos acolhedores neste tempo de natal e fim de ciclo.
As descortesias das últimas semanas não conseguem turvar o conforto do
calor humano. O tempo já passado aviva a realidade de que a vida é uma viagem
de encontros e desencontros. Mas o que mais importa é a viagem e os que se querem
manter na carruagem feita de emoções e afectos.
Para todos, BOM 2016 !
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