CG |
Escrever pelo fim da tarde
Denunciar
silêncios e vozes
Escrever
até que a saudade
Convoque
angústias velozes
Escrever
afectos ausentes
Nos
caminhos por percorrer
Escrever
remansos carentes
Do
lusco-fusco ao entardecer
Escrever
como que a gritar
Embalado
pela voz do Cohen
Escrever
trovas com o olhar
E os
enigmas que mais doem
Escrever
nas águas do mar
As
farsas que andam por aí
Escrever e não mais parar
Surfar a seiva em que nascí
Surfar a seiva em que nascí
Escrever
à memória tardia
Sem
pesar o que a gente diz
Escrever,
enfim, até ser dia
Semeando
ventos pela raiz
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