Foto: Carlos da Gama
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Por este véu diáfano da incerteza,
Na guarida do recomeço da viagem,
São veredas habitadas pela tristeza
As que tenho vagueado sem vantagem!
Vejo-me confundido no meio desta selva
Percorrendo velhos sonhos em jangada
Sinto nesta fuga uma ilusão que navega
Por entre a maresia, até de madrugada!
Quando a aventura é um rio que apetece
Preencher com manhãs de rosmaninho,
Sobra uma dor inquieta que entontece,
Semelhante à fúria mansa em desalinho!
O sonho é um voo de horizontes futuros
Rasante de saudades ensopadas em fel
Transporta aromas de ares mais puros
Como os do cavalo correndo em tropel!
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