O dia de hoje amanheceu mais
gelado.
A primeira luz da manhã descobriu o manto branco que a noite postou nos campos desta linda região do Minho.
A primeira luz da manhã descobriu o manto branco que a noite postou nos campos desta linda região do Minho.
O sol surgiu luminoso, acho que com a
tarefa de lamber a geada deste Outono soalheiro.
Deixei, há momentos, o arquitecto
no seu trabalho e rumei a Esposende. Esta cidade, de muitos encantos, repousa
junto à foz do Cávado com a serenidade que lhe é característica.
Exibe um
arruado suficiente para o escasso fluxo de trânsito e a ampla marginal,
recentemente renovada, é uma atracção deslumbrante para o forasteiro.
Esposende
é, sem dúvida, a mais bela cidade do Minho.
Mar, rio, planície e montanha
encontraram-se por ali para concertarem paisagens de beleza ímpar.
O Cávado corre apressado para o grande
vazadouro, sinalizando o abaixamento da maré. Há pessoas que caminham pela
margem direita beneficiando da visão paradisíaca do estuário. Mais ao largo, as
gaivotas amontoam-se numa elevação de areia emergente a meio do rio.
Lá fora, o ambiente exige um
reforço de agasalhos, pois, a temperatura não deve ultrapassar os 10ºC. Não por
acaso, as pessoas passam de rosto arrepelado e encolhidos.
Junto ao Café «mar alto» repousam algumas pessoas a
olhar o mar.
Este é um dos locais ribeirinhos mais frequentados em Esposende. De dia, para sentir a magia da paisagem e a aragem da maresia. Pela noite, para
dar liberdade a abraços e amassos de desejo.
Apesar do sol quente, o miradouro
não convida à permanência ao relento mais do que uns breves momentos.
A brisa,
apesar de suave, é gelada e rapidamente arrefece o corpo dos mais afoitos.
Daí
que o melhor sítio para admirar esta magnífica paisagem seja o interior da viatura
onde me encontro.
Os raios solares entram pela
vidraça e a música aconchega o pensamento de maresia e saudade. Na «Antena 1» as
sonoridades sucedem-se sendo que, neste momento, os «Silence 4» dão lugar aos «Beatles»
em melodias que não têm idade. Deleito-me ao ouvi-las, enquanto a vida passa à minha frente.
Fotos: Google
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