Estamos em Lagos, antiga cidade do Infante D. Henrique. Passeamos pela Avenida dos Descobrimentos, uma extensa marginal vestida de
calçada à portuguesa que coloca a cidade virada ao mar.
No Forte de Meia Praia,
que nos séculos XVII e XVIII assegurou a defesa da baía de Lagos, vê-se pouca
gente a deambular, apesar do tempo favorável.
Lagos é uma cidade muito bela, que nos fala de um
passado épico ao nível das navegações, onde podemos admirar algumas maravilhas,
como o antigo Mercado de Escravos, o Castelo dos Governadores, a Praça do
Infante, com uma estátua do navegador português, o Monumento a Gil Eanes e o Mercado
Municipal, estrutura antiga que, após uma cuidada recuperação, passou a uma das
importantes atracções da cidade.
De facto, para além do piso térreo manter as
tradicionais funções de venda de peixe e produtos agrícolas, o piso superior
tem um miradouro com vista sobre a cidade e a sua baía.
Nas escadas, podemos
ler, num painel, um poema de Sophia de Melo Breyner, poetisa de projecção
mundial que gostava de passar férias em Lagos, gostava da sua gente, das suas
ruas, das suas praias e do seu peixe.
Em Portimão já não se repousa na Marina. Tivemos
que recolher aos «Três Castelos» para aí encostar a Micha na companhia de cerca
uma vintena de autocaravanistas.
Ali não deixamos de fazer o que mais gostamos
quando demandamos aquela cidade: passear demoradamente pelas arribas no final
da tarde, não só para retemperar as forças, como para nos deleitarmos com as
deslumbrantes vistas que dali se alcançam.
Nas praias, lá em baixo, apenas alguns nórdicos se
libertam da roupagem da época e alongam os corpos ao sol sedentos de calor e
mar.
O passeio até ao Vau faz-se pelos trilhos das
arribas, protegidas por grades de madeira.
O entardecer foi fantástico: o sol expirou
numa autêntica bebedeira de cores quentes semeadas pelo horizonte azul de céu e
mar.
Para além do registo de alguns momentos que nos
pareceram mais felizes, fruímos, durante largos minutos, de um pôr-do-sol que
só o Algarve nos poderia oferecer em tempo de inverno acolhedor!
Fotos lindíssimas, nem parece que foram tiradas no inverno. beijinhos grandes
ResponderEliminarSabes princesa; inverno no Algarve é como a Primavera da nossa cidade.
ResponderEliminarMuito bom ver-te por estas «avenidas» da memória.
bjos