sábado, 28 de janeiro de 2017

Inverno acolhedor!




Estamos em Lagos, antiga cidade do Infante D. Henrique. Passeamos pela Avenida dos Descobrimentos, uma extensa marginal vestida de calçada à portuguesa que coloca a cidade virada ao mar. 
No Forte de Meia Praia, que nos séculos XVII e XVIII assegurou a defesa da baía de Lagos, vê-se pouca gente a deambular, apesar do tempo favorável.

Lagos é uma cidade muito bela, que nos fala de um passado épico ao nível das navegações, onde podemos admirar algumas maravilhas, como o antigo Mercado de Escravos, o Castelo dos Governadores, a Praça do Infante, com uma estátua do navegador português, o Monumento a Gil Eanes e o Mercado Municipal, estrutura antiga que, após uma cuidada recuperação, passou a uma das importantes atracções da cidade.

De facto, para além do piso térreo manter as tradicionais funções de venda de peixe e produtos agrícolas, o piso superior tem um miradouro com vista sobre a cidade e a sua baía. 
Nas escadas, podemos ler, num painel, um poema de Sophia de Melo Breyner, poetisa de projecção mundial que gostava de passar férias em Lagos, gostava da sua gente, das suas ruas, das suas praias e do seu peixe.

Em Portimão já não se repousa na Marina. Tivemos que recolher aos «Três Castelos» para aí encostar a Micha na companhia de cerca uma vintena de autocaravanistas.
Ali não deixamos de fazer o que mais gostamos quando demandamos aquela cidade: passear demoradamente pelas arribas no final da tarde, não só para retemperar as forças, como para nos deleitarmos com as deslumbrantes vistas que dali se alcançam.
Nas praias, lá em baixo, apenas alguns nórdicos se libertam da roupagem da época e alongam os corpos ao sol sedentos de calor e mar.
O passeio até ao Vau faz-se pelos trilhos das arribas, protegidas por grades de madeira. 
O entardecer foi fantástico: o sol expirou numa autêntica bebedeira de cores quentes semeadas pelo horizonte azul de céu e mar.
Para além do registo de alguns momentos que nos pareceram mais felizes, fruímos, durante largos minutos, de um pôr-do-sol que só o Algarve nos poderia oferecer em tempo de inverno acolhedor!


2 comentários:

  1. Fotos lindíssimas, nem parece que foram tiradas no inverno. beijinhos grandes

    ResponderEliminar
  2. Sabes princesa; inverno no Algarve é como a Primavera da nossa cidade.
    Muito bom ver-te por estas «avenidas» da memória.
    bjos

    ResponderEliminar