A noite foi a mais fria de sempre que passamos no
Algarve. Só, mesmo, a cama quente de mantas fofinhas ajudou a suportar o ar
gélido que ambientava a Micha.
De manhã, para nosso espanto, começaram a cair
farrapos brancos de uma chuva espaçada que, lamentavelmente, não conseguiram
pintar o chão.
O céu estava encoberto por nuvens baixas e escuras
e as previsões anunciavam borrasca para todo o dia. Daí que abreviasse-mos o
regresso, passando por Mértola e Beja e pernoitando em Évora.
Apesar da brisa
fresca que se fez sentir em todo o país, o Alentejo apresentou-se de céu limpo
e com um sol que, sendo tímido, tornava mais acolhedor o ambiente.
No entanto, hoje, fui surpreendido com o
surgimento de borbulhas, espalhadas pela região do abdómen e do dorso lombar. A
noite tinha sido de vigília porque as dores não permitiram descanso. Há já
cerca de três dias que o corpo emitia sinais de alarme sem que imaginasse a causa
de um mal-estar crescente.
Em Évora procurei um Centro de Saúde para colher
um diagnóstico clínico e, eventualmente, obter a prescrição dos fármacos
necessários à debelação do problema.
- «É a Zona que você tem!» -, foi a sentença do médico
imediatamente após eu ter ficado de tronco nu.
Confidenciou-me que no Alentejo esta
doença é popularmente conhecida por «cobro» e declarou que tinha pela frente
várias semanas de dores intensas, apesar dos fármacos para atenuar as dores e
de um antivírus para resolver o problema.
Na «Unidade Saúde Familiar Planície (Sede)», a que
recorri como utente «esporádico», obtive um atendimento personalizado muito
eficiente e o médico que me consultou demonstrou qualidades humanas e
relacionais acima da média. Fica aqui o registo do meu agradecimento a todos!
Mas, após o veredicto clínico, sabia que uma outra
decisão haveria de ser tomada: a Zona põe «cobro» à viagem!
Imagens: Google
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