«Por
muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta. Hoje
não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E
sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e
invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.»
Carlos Drummond de Andrade
Sem comentários:
Enviar um comentário