sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Mágoas de orfandade!


(CG)

           
Olho este mar demasiado inquieto
Vem fustigado por um vento veloz
O seu assombro eu quero por perto
Nunca me canso de ouvir a sua voz!

Observo o horizonte além da bruma
Meu pensamento distrai-se por lá
Parece que a neblina já se acostuma
À imensa tristeza que não findará!

Perseguindo a custo o areal deserto
Não almejo vivalma, tão-só solidão
Indago às musas pelo céu encoberto
Onde andam os afectos do coração!

Meu sonho de espuma foi remexido
Pela nostálgica e taciturna saudade
Escrevo na areia um sofrer sentido
Por soturnas mágoas de orfandade!

                     Carlos da Gama (Dez. 2014)

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