Gosto de percorrer as estradas da viagem que
sempre sonhei. Não interessa se é longe ou distante. Pouco importa se faz sol
ou chuva. O que procuro é a magia do improviso destas estradas que percorro
como se fosse a primeira vez.
Sempre me surpreendo com uma curva a que se segue
um vale verdejante ou uma colina de carvalhos ainda adormecidos. Cada esquina
que descubro é um momento único. As cidades e vilarejos surgem-me sempre belos.
É este estilo de vida, de viajante sem destino,
que sempre idealizei. Sempre me achei com alma de peregrino e quase sufoco se
demoro um pouco de mais tempo entre quatro paredes.
Adoro chegar a cada localidade e inebriar-me com
os seus encantos e particularidades. Não me interessam as pessoas e as suas
histórias … tão-só os seus olhares misteriosos e as paisagens em que vivem.
Eu sei que, também esta viagem terá um final. Será
apenas o tempo de desembrulhar saudades dos meus afectos. Depois, mais cedo que
tarde, zarparei de novo. Para sacudir o desassossego!
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