Cidade mártir na batalha da Normandia, que teve início em 6 de Junho de 1944, um dos dias mais importantes da Segunda Guerra Mundial.
Visitamos
a «Memorial» que a cidade construiu para que a memória desse tempo jamais seja
esquecida.
Trata-se de um museu dedicado, em grande parte, à história da
Segunda Guerra Mundial, embora contenha, de igual forma, informações sobre
guerras subsequentes, como a Guerra Fria.
É um historial à volta dos combates
que tiveram lugar em toda a região normanda, na qual perderam a vida cerca de
20 mil civis.
Ali,
o visitante pode reviver o ambiente em torno do desembarque dos aliados, do
bombardeamento da cidade de Caen e o consequente sofrimento da população.
Um
dos monumentos que foi poupado à destruição foi a «Abbaye-aux-Hommes», uma obra de arte românica, fundada
em 1067.
Serviu de refúgio da população que não
conseguiu fugir para o campo durante os intensos bombardeamentos que destruíram
toda a cidade de Caen.
Foi
bom de ver os inúmeros jovens que ali acorrem, em visitas de estudo, para
vivenciarem a história recente do seu país.
Caen
não permite que se desvaneça a memória de um tempo que envergonha a humanidade.
Um tempo de ódio, promovido pelo totalitarismo e fascismo.
Mas foi, também, um
tempo de esperança, em que um punhado de nações deu o seu melhor, numa luta sem
tréguas, para resgatar o velho continente de um dos poderes mais opressivos ao
tempo.
Oxalá
que a paz conquistada há 69 anos perdure. Para isso, é imprescindível
que a memória seja constantemente vivificada.
Tal como é o objectivo do Memorial
de Caen.
Fotos: CG