Na primeira semana de Julho, visitamos, uma
vez mais, a Ilha de S. Miguel, a maior dos Açores. Terra de lagoas imensas, de
florestas místicas, de miradouros sublimes e de vales encantados, S. Miguel é
uma excelente síntese do arquipélago.
Ponta Delgada é a capital da Ilha que
impressiona pela sua beleza. As «Portas
da Cidade», seu principal ex-libris, com as arcadas voltadas para o mar,
parecem dar as boas-vindas a quem chega.
O casario pitoresco, de ancestrais usos e
costumes, cativa os visitantes logo de início. Apesar de algumas fachadas
senhoriais de azul celeste ou amarelo forte, o edificado, em geral, é branco
com cantarias em basalto negro.
Percorrer as estradas em S. Miguel é fruir do
verde imenso, ladeado pelo azul de mar, e sentir uma fragrância agradável que
as hortênsias exalam. Percursos íngremes alcançados a custo para, logo depois,
fruir de paisagens e lonjuras de cortar a respiração.
Água, muita água multicolor detida por
formosas lagoas rodeadas por verdejantes pastagens, paraísos dos bovinos que se
amontoam nos empinados dos campos e que ignoram a nossa passagem.
A Lagoa
das Sete Cidades continua a enamorar quem a visita. O enorme espelho verde e
azul merece bem a distinção das sete maravilhas naturais de Portugal.
Apesar do nevoeiro turvar a visão, no Miradouro da Vista do Rei o espanto dos rostos é notório em todos os que admiram as águas verdes e azuis lá em baixo. A atracção é tão grande que apetece ficar por ali tempo sem fim. Mas a curiosidade desafia-nos a descer até junto das águas como que para confirmar o esplendor das alturas.
Apesar do nevoeiro turvar a visão, no Miradouro da Vista do Rei o espanto dos rostos é notório em todos os que admiram as águas verdes e azuis lá em baixo. A atracção é tão grande que apetece ficar por ali tempo sem fim. Mas a curiosidade desafia-nos a descer até junto das águas como que para confirmar o esplendor das alturas.
Ziguezagueando pela montanha, subimos ao ponto
mais elevado da Ilha de S. Miguel, chegando à Lagoa do Fogo, imenso espelho de
água cercado de muita vegetação.
É a segunda maior Lagoa da Ilha e a mais alta,
há muito classificada como reserva natural, tal o seu valor natural e
paisagístico.
A caminho do Nordeste, fizemos uma pausa no
Miradouro de Santa Iria para observar o eterno contraste entre a verdejante
beleza dos campos de S. Miguel e o intenso azul do Oceano Atlântico.
Dali seguimos para a mais antiga fábrica de chá da Europa (desde 1883): a Gorreana. A visita é gratuita e inclui provas de chás, visita às plantações e à maquinaria de selecção e secagem do produto.
Dali seguimos para a mais antiga fábrica de chá da Europa (desde 1883): a Gorreana. A visita é gratuita e inclui provas de chás, visita às plantações e à maquinaria de selecção e secagem do produto.
A Lagoa das Furnas, por seu turno, pareceu-nos
adormecida por entre aquele remanso verde de águas tranquilas no meio de uma
luxuriante vegetação. Por ali não se sente o tempo a passar.
As fumarolas que
brotam da terra e as ferventes águas, que gorgolejam calor e espalham o forte
odor a enxofre, fazem-nos cismar nos mistérios que inspiram as energias mágicas
do nosso mundo natural.
A Poça da D. Beija, idílico espaço termal ao
ar livre, oferece-nos um tempo para relaxar nas águas quentes que correm por diversos
tanques, sempre repletos de turistas. Com água a atingir os 39º, todo o local
apresenta-se bem cuidado e com excelentes condições.
Também nos banhamos na piscina natural da
Ponta da Ferraria, que se forma junto das rochas durante a baixa maré. Aí, a
água fria do oceano mistura-se com a água quente de nascentes termais de origem
vulcânica. É um local muito aprazível onde muitos se penduram nas cordas, magistralmente
presas às rochas, sendo embalados pelas ondas do mar e fruindo das qualidades
terapêuticas daquelas águas termais.
Pelo entardecer, Ponta Delgada ganha uma
paleta de cores macias que nos deixa a alma mais introspectiva. Sabe bem entrar
nos bares para repor energias e, depois, passear lentamente pela ampla marginal
a olhar os barcos de diferentes portes que transparecem uma tranquilidade
dormente de fim de dia.
É quase obrigatório subir a escadaria da Baía
dos Anjos para admirar a silhueta da cidade e dos montes vulcânicos que se
perfilam no horizonte. É uma visão extraordinária que se obtém quando
observamos o azul de mar e a perspectiva do verde ondulado mais ao longe. Mas,
também, para contemplar os portentosos navios de cruzeiro e toda a faina
marítima do porto de Ponta Delgada.
No último dia, tivemos a sorte de assistir à
preparação do encerramento das festividades ao Divino Espírito Santo que os
açorianos cultivam com um extraordinário fervor e fé.
Este povo, que viu a sua
terra sujeita, vezes sem conta, a tragédias da natureza, agarra-se a uma comovente
religiosidade que lhes fornece a energia bastante para recomeçar a vida sempre
que necessário.
Foram sete dias de emoções fortes de que já se
sentem saudades. Mas, por certo, voltaremos um dia a fruir da admirável hospitalidade
dos açorianos e a reapreciar o que de melhor existe numa ilha de beleza única e
repleta de história e tradição.
Fotos magníficas, de fazer suspirar. A ilha que me espere... aqui vou eu!
ResponderEliminarEis um lugar que está no topo da minha lista de lugares a conhecer! Lendo seu post, a vontade só aumentou! Belas fotos!
ResponderEliminarAbraços,
Ana Christ
Eis um lugar que está no topo da minha lista de lugares a conhecer! Lendo seu post, a vontade só aumentou! Belas fotos!
ResponderEliminarAbraços,
Ana Christ
Lindo, magnífico, sensacional, emocional,..... simplesmente FANTÁSTICO.
ResponderEliminarSem dúvida nenhuma, as melhores férias que já tive em família. O muito obrigado a ti e à mãe por proporcionarem a mim e à Ana umas férias neste local paradisíaco. Portugal é mesmo lindo. Abraços.
Nós é que agradecemos a vossa agradável companhia, acredita! É tão bom descobrir as belezas do nosso mundo natural na companhia de quem mais amamos! É a melhor recompensa que a vida nos proporciona. Muito obrigado aos dois.
ResponderEliminarbjo