sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ao crepúsculo



Carlos da Gama



Ao crepúsculo deste primeiro dia do ano. Há momentos, percorri a margem esquerda do Mondego, onde ele se mistura com o mar. A maré subia com o ondulado rumo a montante. 
Alguns pescadores teimavam, uma vez mais, em lançar o isco na expectativa de prender um peixe que justificasse a tarde.

O tempo esfriou e a noite cai lentamente sobre a Figueira da Foz. As lanternas verdes e vermelhas piscam nos faróis fronteiriços em direcção ao largo mar, servindo de guia aos barcos que demandam aquelas paragens.

Caminho devagar, com os olhos pousados no mar. À memória saltam-me algumas melodias, quase sempre, sobre Lisboa. Sempre assim foi: quando o cenário do quotidiano se altera, as cantigas sobre Lisboa despertam da minha memória e bailam nos meus lábios. Talvez sejam resquícios de tempos idos em que a capital foi cenário de momentos especiais da minha vida. 
A noite instalou-se definitivamente. A Figueira da Foz recolhe-se para viver mais um ano. Oxalá seja feliz!

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