O caminho foi longo.
A Figueira da Foz ficou para trás após nos
proporcionar uma noite de chuva, embalada por ventos fortes, e um possante
rumor de mar alterado.
A manhã, com um sol tímido a espreitar entre nuvens negras, permitiu-nos
admirar as obras de revitalização da envolvente do Forte de Santa Catarina.
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Mas
o vento gélido e insistente não nos deixou fruir por muito tempo essa nova face
da Foz do Mondego.
Depois, partimos mais para sul.
Após cerca de 300 kms, cá
estamos a olhar a ilha mítica, magistralmente popularizada por Rui Veloso.
Aquela que a lenda reza de que ali existia um pessegueiro que fora plantado por
um «Vizir de Odemira», ao tempo da ocupação árabe desta bela costa alentejana.
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Porto Covo é um lugar aprazível onde apetece ficar por muito
tempo. A jovem vila oferece ao visitante paisagens de sonho com o mar a
embelezar todos os postais.
Há momentos, na companhia do kiko, sentei-me num pequeno banco,
por sobre a falésia.
Ali, meu pensamento voou para lá do horizonte matando
saudades da maresia de que estava carente.
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Está uma tarde ensolarada, apesar do vento fresco desaconselhar
veleidades de veraneio.
A agitação do mar agiganta a área esbranquiçada da
rebentação contra as rochas, fazendo esvoaçar bocados de espuma que mais
pareciam pequenas aves tão típicas das zonas marinhas.
O sol que nos acompanha faz esquecer os três meses de chuva
copiosa de um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos. Foi por ele que
decidimos rumar ao sul, como aves migratórias na busca de um melhor aconchego.
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