quinta-feira, 13 de março de 2014

Na busca de um melhor aconchego



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O caminho foi longo. 
A Figueira da Foz ficou para trás após nos proporcionar uma noite de chuva, embalada por ventos fortes, e um possante rumor de mar alterado.
A manhã, com um sol tímido a espreitar entre nuvens negras, permitiu-nos admirar as obras de revitalização da envolvente do Forte de Santa Catarina.
CG
Mas o vento gélido e insistente não nos deixou fruir por muito tempo essa nova face da Foz do Mondego. 
Depois, partimos mais para sul. 
Após cerca de 300 kms, cá estamos a olhar a ilha mítica, magistralmente popularizada por Rui Veloso. 
Aquela que a lenda reza de que ali existia um pessegueiro que fora plantado por um «Vizir de Odemira», ao tempo da ocupação árabe desta bela costa alentejana.

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Porto Covo é um lugar aprazível onde apetece ficar por muito tempo. A jovem vila oferece ao visitante paisagens de sonho com o mar a embelezar todos os postais.
Há momentos, na companhia do kiko, sentei-me num pequeno banco, por sobre a falésia. 
Ali, meu pensamento voou para lá do horizonte matando saudades da maresia de que estava carente.
CG
Está uma tarde ensolarada, apesar do vento fresco desaconselhar veleidades de veraneio.
A agitação do mar agiganta a área esbranquiçada da rebentação contra as rochas, fazendo esvoaçar bocados de espuma que mais pareciam pequenas aves tão típicas das zonas marinhas.
O sol que nos acompanha faz esquecer os três meses de chuva copiosa de um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos. Foi por ele que decidimos rumar ao sul, como aves migratórias na busca de um melhor aconchego.

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