Antes de chegar a Lagos, destino da viagem de
hoje, visitamos a simpática «Praia da Luz».
Um lugar mítico de memórias sadias
e, simultaneamente, uma estância de veraneio tristemente célebre pelo
desaparecimento de uma criança inglesa, um caso de enorme rumor social e
mediático.
Mas o que nos arrastou até ali foi a recordação
de felizes vivências, de tempos já distantes, e de paisagens que permanecem
belíssimas.
A baia da Praia da Luz continua de águas serenas
de matizes verdes e azuis.
O sol fez questão
de marcar presença neste regresso a um dos locais fantásticos da minha
juventude tardia.
Seguimos, depois, para Lagos, onde decidimos
pernoitar.
Cá estão uma boa quarentena, oriundas de vários países europeus:
Suécia, Finlândia, Itália, Dinamarca, Alemanha, França e Inglaterra.
Não terá
sido por acaso o desabafo, em jeito de espanto, da garota que, bem cedo,
cobrava a estadia: - «finalmente, um português!».
Mas já há muito que sabemos que o Algarve é a mais
estrangeira região portuguesa. E ainda bem para a economia nacional.
O tempo convida a um passeio até à marginal
para fruir das aragens desta bela cidade algarvia.
A avenida que bordeja a
marina é uma artéria amiga do coração.
Terra de navegantes, a cidade de Lagos honra
os seus heróis, Gil Eanes e Infante D. Henrique que, nos versos de Camões, se
aventuraram «por mares nunca dantes navegados».
Após uma noite de sossego, a manhã surgiu com
um sol quente e uma brisa suave de mar. Mais ao lado, ouvia-se o rumor da
civilização a circular pelas artérias mais próximas, como a anunciar que o dia
era de labor.
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