Faltava-me visitar o Cabo de S. Vicente. Uma
«jangada de pedra» com o comando a bombordo.
Muito vento a impedir uma maior
aproximação às falésias de grande elevação.
Tanto mar pela frente faz-me cismar
com naus e caravelas de outros tempos.
O Promontório de Sagres, ali ao lado, é um
memorial da história dos descobrimentos.
Há cerca de cinco séculos atrás,
aquele local abrigava uma Escola que preparava os homens ilustres na arte de
navegar.
Foi dali, «donde a terra acaba e o mar começa» no dizer de Camões, que
o pequeno rectângulo ocidental, chamado de Portugal, se tornou numa das maiores
potências mundiais por via da heróica gesta dos descobrimentos.
Ao olhar o horizonte do cimo destas falésias
graníticas, a memória do passado empolga-nos a acreditar que os genes de
aventura que carregamos nas veias sempre serão uma garantia de renovado futuro.
Um povo com o passado que estas pedras testemunham não pode «morrer na praia»
de uma qualquer crise financeira, como a que estamos a viver.
Revisitar Sagres e os segredos imemoriais que a
fortaleza encerra é ser inundado de uma injecção de auto estima e de patriotismo.
E acreditar que este país virá, uma vez mais, a fazer jus ao passado de glória
que carrega.
Olá viajante.
ResponderEliminarPelos vistos a descer a sul dessa forma... faltará apanhar o 'ferry' e rumar de novo a Marrakech!!!
O meu abraço
A R
Olá, Resende
EliminarO «ferry» já o apanhei há alguns meses. E adorei o passeio por Marrocos. Até que gostaria de trocar o Algarve por esse país de contrastes e de descoberta. Faz bem o Resende em teimar a rumar para o norte de África.
Em meados de Abril (dentro de 1 mês) iniciarei uma viagem com destino à Polónia. Na busca de memórias das 2 guerras mundiais: Nuremberga, Berlim, Cracóvia, Auschwitz-Birkenau, Verdum, entre outros locais. Para compreender um pouco mais sobre a «besta humana».
Tenho acompanhado com prazer e interesse essa sua viagem a Marrocos, matando saudades de um ou outro local por onde passei.
Continuação de boa viagem
Um abraço
Carlos da Gama