Tarde quente, de quase
verão, na cidade da Nazaré.
O mar está alterado e arrasta muitos curiosos, de
máquinas fotográficas a tiracolo, na admiração das ondas de 4-5 metros de hoje.
Esta praia, mundialmente
conhecida por albergar o «canhão da Nazaré», cresceu em celebridade após o
norte-americano Mcnamara aí ter surfado uma onda de mais de trinta metros.
O chamado «canhão da
Nazaré» é um dos maiores vales submarinos do mundo, que se prolonga por cerca
de 200 kms e atinge uma profundidade superior a 5 mil metros.
É este grandioso
acidente geomorfológico que provoca alterações a nível dos sedimentos.
Tal
fenómeno faz com que as ondas consigam viajar pela falha geológica a uma maior velocidade,
oferecendo um espectáculo de dimensões gigantescas na Praia do Norte da cidade
da Nazaré.
Também desta bela praia
se avista o lendário «sítio» de onde D. Fuas Roupinho interrompeu bruscamente o
seu cavalo, ao aperceber-se estar junto ao precipício, segundo dizem, por
milagre da Senhora da Nazaré.
Não por acaso, as
excursões, para o sul do país, que se faziam na minha infância, tinham como
ponto de paragem obrigatório a Igreja da Senhora dos Navegantes, da cidade da
Nazaré.
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