Foto: Carlos da Gama |
Daqui
avista-se uma grande roda vermelha, com listas brancas, presa a um poste de
madeira de frente ao mar.
Sinal de que se iniciou a época balnear e de que a
praia é vigiada.
Nesta
manhã, de sol transparente, apenas os velhos fazem a sua caminhada lenta,
beneficiando do iodo que se desprende das águas e das algas, ou ficam sentados
em qualquer local a olhar o horizonte azul de mar. Talvez, absorvendo o ar puro
desta manhã plena de maresia.
Lá
ao longe, junto das rochas onde o mar se transforma em algodão branco, o Kiko
experimenta a vivência matinal com o mar por companhia maior.
Foto: Carlos da Gama |
Viajou
pela primeira vez na Micha, numa tentativa de que se habitue a outras andanças
e molde o seu comportamento como vigilante atento.
Mas parece ser um erro de casting:
se a sua fúria se liberta em latidos estridentes, assustando qualquer
transeunte menos atento, teima em não largar a companhia dos donos, quer
durante a noite, quer durante o dia.
Quando
chega a hora da caminha, exige, de forma determinada e insistente, a partilha
do mesmo leito, apenas tolerando na acomodação aos pés dos donos.
Se,
por acaso, fica um pouco só, faz questão de destruir tudo o que alcança, numa
miserável chantagem que tem conseguido vencer.
É
um cão atento ao que se passa à sua volta, não permitindo a aproximação à Micha
de qualquer ser vivo que não seja por
bem. Mas, paralelamente, faz questão de não permanecer só, por pouco tempo que
seja. Por vezes, torna-se um tormento difícil de aguentar este mal disposto
carente de afagos!
Neste
momento, deleita-se com a sua dona preferida a olhar o mar. Quem sabe o que lhe
vai no pensamento ou no instinto felino. Apesar de tudo, tem sido um bom
(cão)panheiro!
Carlos da Gama
É engraçado vê-lo em pose militar à porta da Micha, tenho a certeza que ali ninguém estranho entra.
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