sexta-feira, 18 de maio de 2012

À custa dos cidadãos!


 
Nem por acaso! De repente, surge a necessidade de adquirir um antibiótico para fazer face a um problema de saúde que se repete de quando em vez. Estamos longe de casa. Chegamos há cerca de vinte e quatro horas gozando o sol que se segue a uma semana de forte chuva e de tempo frio.
A noite foi gelada e balanceada pelos fortes ventos e pelo marulhar das ondas deste mar buliçoso. Toda a noite senti a fúria da chuva a castigar o nosso confortável abrigo. Está alteroso este mar do norte!

De manhã, fizemos um percurso breve pelo conjunto mais tradicional da vila. Um casario a bordar a marginal e a separar os campos do sustento. Após o almoço, aventuramo-nos a caminhar junto da rebentação durante cerca de duas horas. De súbito, as ondas surgiam fortes, obrigando a uma fuga apressada, nem sempre conseguida, para terreno seco e seguro. 
Chegados ao conforto da Micha, eis que se torna mais exigente a procura de uma farmácia para adquirir o tal fármaco. Mas foi um esforço inglório. Só mediante a receita médica é que seria aviado o tal medicamento.
É vil esta forma de como algumas profissões capturam a liberdade de opção por parte dos doentes.
Ninguém duvida da necessidade do apoio médico na ajuda à resolução de alguns problemas psicossomáticos. Mas é um embuste esta necessidade da sua prévia autorização para se adquirir um simples antibiótico.
Faz bem o atual Ministro da Saúde quando enfrenta este poderoso lobby médico exigindo que as prescrições de medicamentos passem a ter de incluir a Denominação Comum Internacional (DCI) do respetivo princípio ativo.
É tempo de, também nesta matéria, o país deixar de vez algumas práticas próprias da Idade Média por exclusivo interesse de uma das classes mais privilegiadas deste meu país. À custa dos cidadãos!

Carlos da Gama


Imagem do Google

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