domingo, 20 de outubro de 2013

El Jadida





Cidade costeira e portuária, El Jadida foi fundada pelos portugueses em 1513.
O nome primitivo dado pelos portugueses à cidade foi Mazagão. 
E permanece desse tempo a «Cité Portuguaise» toda cercada por muralhas, considerada pela UNESCO, em 2004, património de interesse histórico mundial.
Turista que se preze, não perde a visita à «cisterna portuguesa», de estilo manuelino.
Apesar de ter sido construída durante a época portuguesa, no século XVI e XVII, esta cisterna só foi descoberta em meados do século XX.
A visita à cidade antiga, iniciou-se pela «porta das muralhas», de onde melhor se pode apreciar o conjunto da Medina, o mar e as docas. 
E são vários os pormenores arquitectónicos que atestam a presença portuguesa, tais como: a Igreja portuguesa e as portas encimadas por arcos de cantaria.

A cisterna – um dos ex-libris da presença portuguesa em Marrocos - começou por ser um depósito de armas e foi transformada em cisterna subterrânea em 1511, na altura em que a cidadela foi ampliada. 
Era abastecida de água fresca para garantir o abastecimento de água à cidade na eventualidade de um cerco prolongado.
O reflexo das colunas e das abóbadas na água é, para muitos, uma visão misteriosa e surreal.
Como português, senti uma vertigem de orgulho ao presenciar uma obra muito bela a nível arquitectónico e que, ainda hoje, faz perdurar a epopeia de quinhentos de que Portugal foi o principal paladino.
No meio de um grupo de turistas estrangeiros de várias nacionalidades atentos ao Guia local, tive vontade de revelar a minha nacionalidade numa manifestação de orgulho de ser português. 
Mas contive esse ímpeto para não atrapalhar o discurso do velho Guia árabe que mostrava ser um perito em história das civilizações.

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