Cidade
costeira e portuária, El Jadida foi fundada pelos portugueses em 1513.
O nome primitivo dado pelos
portugueses à cidade foi Mazagão.
E permanece desse tempo a «Cité Portuguaise»
toda cercada por muralhas, considerada pela UNESCO, em 2004, património de
interesse histórico mundial.
Turista que se preze, não perde a visita à «cisterna
portuguesa», de estilo manuelino.
Apesar de ter sido construída durante a época
portuguesa, no século XVI e XVII, esta cisterna só foi descoberta em meados do
século XX.
A visita à cidade antiga, iniciou-se
pela «porta das muralhas», de onde melhor se pode apreciar o conjunto da Medina,
o mar e as docas.
E são vários os pormenores arquitectónicos que atestam a
presença portuguesa, tais como: a Igreja portuguesa e as portas encimadas por
arcos de cantaria.
A cisterna – um dos ex-libris da
presença portuguesa em Marrocos - começou por ser um depósito de armas e foi
transformada em cisterna subterrânea em 1511, na altura em que a cidadela foi
ampliada.
Era abastecida de água fresca para garantir o abastecimento de água à
cidade na eventualidade de um cerco prolongado.
O reflexo das colunas e das abóbadas
na água é, para muitos, uma visão misteriosa e surreal.
Como português, senti uma vertigem de
orgulho ao presenciar uma obra muito bela a nível arquitectónico e que, ainda
hoje, faz perdurar a epopeia de quinhentos de que Portugal foi o principal
paladino.
No meio de um grupo de turistas
estrangeiros de várias nacionalidades atentos ao Guia local, tive vontade de
revelar a minha nacionalidade numa manifestação de orgulho de ser português.
Mas
contive esse ímpeto para não atrapalhar o discurso do velho Guia árabe que
mostrava ser um perito em história das civilizações.
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