quinta-feira, 19 de junho de 2014

Wittlich






Ao chegar a Wittlich, cidade alemã próxima do Luxemburgo, preferimos a companhia da natureza para descansar a vista pelo verde, de que a Alemanha é pródiga. 
Por ali, floresce uma vinha que faz lembrar o Douro Vinhateiro do meu país, talvez pela inclinação e aridez do solo, obrigando as cepas a treparem pela encosta ensolarada, o que prenuncia um mosto de graduação elevada.
Mais além, corre um rio que serpenteia, quase escondido, pela floresta luxuriante, onde abundam os trilhos de caminheiros. 
Neste preciso momento, ouço o chilreio das passaradas que por aqui fazem a vida: rolas, cucos e pardais de sonoridades mais finas. Misturam-se a estas melodias o berro sereno das ovelhas que pastam mais à frente.
As matas por onde correm os trilhos são de floresta verde e densa. 
De quando em vez, almejo casebres, mais ou menos aburguesados, aninhados junto ao ribeiro e encobertos pela vegetação. 
São, por certo, refúgios de fins-de-semana onde se busca a lonjura do bulício citadino do dia-a-dia.
Está uma tarde de sol e apetece permanecer por aqui em silêncio, olhando o céu azul que cobre esta natureza de paz. 
A pouco mais de três quilómetros de Wittlich.

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