Ao chegar a Wittlich, cidade alemã próxima do Luxemburgo, preferimos a companhia da natureza
para descansar a vista pelo verde, de que a Alemanha é pródiga.
Por ali, floresce uma vinha que faz lembrar o Douro Vinhateiro do meu país,
talvez pela inclinação e aridez do solo, obrigando as cepas a treparem pela
encosta ensolarada, o que prenuncia um mosto de graduação elevada.
Mais além, corre um rio que serpenteia, quase
escondido, pela floresta luxuriante, onde abundam os trilhos de caminheiros.
Neste
preciso momento, ouço o chilreio das passaradas que por aqui fazem a vida:
rolas, cucos e pardais de sonoridades mais finas. Misturam-se a estas melodias
o berro sereno das ovelhas que pastam mais à frente.
De quando em vez, almejo casebres, mais ou menos
aburguesados, aninhados junto ao ribeiro e encobertos pela vegetação.
São, por
certo, refúgios de fins-de-semana onde se busca a lonjura do bulício citadino
do dia-a-dia.
Está
uma tarde de sol e apetece permanecer por aqui em silêncio, olhando o céu azul que
cobre esta natureza de paz.
A pouco mais de três quilómetros de Wittlich.
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