sábado, 16 de novembro de 2013

horizonte de púrpura


CG

















Quando a melancolia rompe pela alma
Deixa-nos sitiados no próprio destino,
Nem lá no horizonte se almeja vivalma
Apenas turbulência e fervor repentino

Quando a memória tropeça na vertigem
Do mar que se inquieta, sem desfalecer
A própria nostalgia mostra a sua origem
No abraço ferido que queima sem doer

É como a saudade que custa a revelar
Toda a ousadia segregada ao sentimento
Há no cimo da falésia emoções a ancorar
Em dia ensolarado ou, mesmo, ao relento

Nostalgia é quando a tristeza emerge
De memórias erráticas, sempre a avivar
E quando toda a mágoa se desvanece
No horizonte de púrpura postado no mar

Nostalgia é angústia que traz ansiedade
Um estado de alma que se foi colher
Como bússola com vida e cumplicidade
Socorre-se da escrita para poder viver!
 

CG



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