quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Tanger-Med - a exigente fronteira marroquina





Em tudo na vida, há sempre um tempo de chegar, um tempo de estar e um tempo de partir!
Chegou o momento de abandonar Marrocos após termos percorrido parte do país, nomeadamente a Costa Atlântica Norte, a Costa Atlântica Sul, o Médio Atlas e parte do RIF.
Marrocos foi uma agradável surpresa todos os dias e em vários aspectos. Fruímos da simpatia das pessoas para com os turistas, admiramos as belíssimas paisagens e aprendemos melhor a respeitar a cultura berbere. 
Apenas um senão: as aborrecidas e demoradas formalidades na fronteira, quer na entrada, quer na saída de Marrocos. 

Digamos que são um calvário de burocracia aliada a uma visível arrogância dos aduaneiros. 
Percebe-se que alguns «dirham’s», passados debaixo da mesa, têm um efeito promissor. 
Quem não estiver para aí virado acaba por sofrer umas boas horas a aguardar a «libertação».
Se a entrada em Marrocos foi quase desesperante, a saída não lhe ficou atrás. Tivemos que passar por inúmeros «check-points» de visto de passaportes e a Micha sujeitou-se a um scanner gigante que lhe investigou as entranhas.

Tanger-Med é um porto moderno, com instalações muito agradáveis. 
No entanto, talvez porque aquela será uma fronteira de muitos clandestinos e onde a droga se reinventa em disfarce para passar para a Europa, tem policiamento a rodos.
Fizemos a viagem de ferry-boat até Algeciras já o dia estava a terminar. Foi nesta cidade andaluza que pernoitamos para nos fazer à estrada no dia seguinte.
A aventura «Marrocos» ficou para trás. Mas apenas por uns tempos, porque, mais cedo que tarde, visitaremos, de novo, este belo país africano. Talvez, para alargar a aventura até à Guiné, para aí reviver os tempos de guerra colonial da minha juventude. A ver vamos!

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