A noite de Silves foi calma. Após
o pequeno-almoço, aventurei-me numa caminhada pelo passeio marginal do Rio Arade,
que a Câmara Municipal de Silves construiu para esse efeito.
Trata-se, pois, de
um município que se mostra atento e promove a saúde dos seus cidadãos e dos que
visitam aquele belo recanto do meu país.
Fizemo-nos
à estrada já a manhã ia a meio. Apesar de as nuvens esconderem o sol do sul, o
ambiente continuava acolhedor.
A
primeira paragem para almoço e abastecimento da Micha foi em Grândola.
Um local
que guarda a memória dos idos tempos da revolução de Abril de 1974, pelo
facto desta cidade ter ficado imortalizada numa canção do Zeca Afonso. Daí que faça
uma paragem por aqui sempre que me dirijo ou retorno do sul.
Seguiu-se
a etapa até Alcácer do Sal, onde nos demoramos na admiração do passeio
ribeirinho, das ruas apertadas, da bela Igreja de Santiago, de construção
oitocentista, e do velho Castelo, de construção muçulmana.
A
cidade está em obras em vários locais.
Mesmo assim, foi um deleite para os
olhos e um regalo para a alma sentarmo-nos num dos bancos que estão espalhados
pela margem norte.
O Sado, dos poucos rios portugueses que correm de sul para norte, parecia sem pressa de se misturar às agitadas águas do Atlântico, bem lá
junto a Tróia.
Coruche
foi a vila escolhida para pernoitar. É sede de um concelho de grande tradição agrícola,
nomeadamente ao nível do cultivo de arroz, tomate, milho e vinha e com
importante exploração florestal e pecuária.
Optamos por ficar junto do Sorraia, rio que
atravessa o concelho para se ir juntar ao Tejo na lezíria de Vila Franca de
Xira.
Aquele veio de água dá-lhe um encanto que se sente logo à chegada.
E o
areal, que o Município colocou na marginal, embeleza o Sorraia e atrai as
pessoas a fruírem das suas magnificas margens.
No
início da noite começou a chover como que a lembrar que estamos mais próximos
do norte de Portugal onde os rigores do Outono e Inverno mais se fazem sentir.
Sem comentários:
Enviar um comentário