De novo na Bélgica, visitamos o Atomium, um dos
prédios mais emblemáticos de Bruxelas.
Construído para a exposição mundial de 1958, tem
formato de cristal de ferro ampliado 165 biliões de vezes, com nove esferas,
cada uma com 18 metros de diâmetro, conectadas por vinte tubos. Três grandes
pilares sustentam a estrutura – uma «mistura
de escultura e arquitectura», como dizem os folhetos - de 102 de altura que
recebe dezenas de milhares de visitantes por ano.
Tal como a Torre Eiffel, de
Paris, o Atomium, que foi construído, como símbolo de inovação e modernidade, para a
Exposição Universal de 1958, passou a ícone de Bruxelas e de um tempo.
Um outro local mítico da Bélgica que há muito desejava visitar era
o memorial de Guerra de Waterloo, região ligada à tentativa hegemónica
imperialista de França sobre a Europa e ao fim político de um dos maiores
comandantes militares de todos os tempos: Napoleão Bonaparte.
Tal curiosidade foi igualmente cimentada pela leitura de Os Miseráveis, de Victor Hugo, considerado um dos maiores best-sellers de todos os tempos.
A trama aí romanceada passa-se, precisamente, na
França do século XIX entre duas grandes batalhas: a de Waterloo (1815) e os
motins de Junho de 1832, em Paris, quando estudantes republicanos tentaram, em
vão, derrubar o regime do rei absolutista, Luís Filipe I.
Li Os Miseráveis na
minha juventude tardia. Rapidamente me apaixonei pelo livro, inquietantemente
religioso e político, e pela extraordinária força que ele emana na defesa de
todos os tipos de injustiça humana.
Foi tão marcante para mim que, até aos dias de hoje, reli a obra
umas cinco vezes e mantenho a energia de a reler uma outra vez, pelo menos.
Foi no Mont-Saint-Jean, na Bélgica, nas proximidades do campo de
Batalha de Waterloo, que Vitor Hugo terminou de escrever Os Miseráveis. Aí, descreve, em cerca de oitenta páginas e com excepcional
mestria, esse confronto militar tão decisivo no redesenho do mapa politico da
Europa.
O monumento comemorativo da Batalha de Waterloo, conhecida como a
«Colina do Leão», marca o local em que ficou ferido o Príncipe de Orange –
comandante das tropas belgo-holandesas às ordens do Duque de Wellington. Com 38
metros de altura e uma circunferência de 491 metros, o monumento, mandado
erguer pelo pai do Príncipe, o rei Guilherme I, é encimado por um leão de ferro
fundido, de cerca de 32 toneladas, que mede aproximadamente cinco metros de
comprimento e cinco metros de altura. Dali obtém-se uma excepcional panorâmica
do campo de Batalha de Waterloo.
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