sábado, 4 de junho de 2016

Saint-Malo, a cidade-corsária

Roscoff



O dia de ontem foi de estrada. Visitamos Concarneau, seguindo-se Roscoff, estancia balnear que recebe por ano um grande número de turistas.


Paimpol
Já a tarde ia a meio quando decidimos rumar a Paimpol, uma bela cidade do norte da Bretanha, mais precisamente, do departamento de Côtes d’Armor, onde pernoitamos. 

Foi bom de ver a típica arquitectura desta região, sobressaindo a beleza dos seus telhados negros e alongados. 

Em Paimpol algumas casas são construídas com o granito de cor rosado, abundante na Cote de Granit Rose que vai de Paimpol a Trébeurden.

Seguiu-se Saint-Malo, um dos principais pontos turísticos da Bretanha francesa, que constituía uma das prioridades da viagem por esta região. 

E não nos desiludiu, de todo, pois fomos surpreendidos com uma cidade muito bela, cercada por grandes muralhas históricas. 
Fundada no século I antes de Cristo, a cidade foi fortificada pelos romanos, as suas muralhas construídas no século XII  e é, nos dias de hoje, um importante porto de mar e uma excelente estancia balnear do norte da Bretanha.

Foi daqui que, nos séculos XV a XVII, saíram muitos navios, inclusive piratas, em busca de tesouros e riquezas pelo mundo fora, o que fez com que ficasse conhecida como a cidade-corsária.

S.Malo foi fortemente bombardeada, no decurso da II Guerra Mundial, pelo 3º exército dos EUA, comandado pelo general Patton, com o intuito de destruir a resistência alemã. 

No entanto, a sua reconstrução foi exímia e tanto o edificado, como as muralhas continuam a evocar a época medieval.

É permitido o trânsito de carros à cidade Intra-Muros (a jóia de S. Malo), mas não arriscamos: deixamos a autocaravana estacionada em local apropriado e fomos a pé percorrer o excelente centro histórico, cheio de restaurantes (onde as «moules» sobressaem como uma das especialidades típicas da região) e hotéis, para além de vasto comércio, mais virado para os turistas.

Nas maré baixa pudemos contemplar uma curiosa piscina cercada apenas por três lados, aproveitando o declive natural da praia, onde a água é renovada a cada maré-alta.

Apesar do tempo chuvoso e frio impedir uma maior fruição da Bretanha francesa, tem sido uma agradável surpresa a paisagem humana e natural desta região. E muito mais fica para descobrir noutras viagens do próximo futuro.

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