sexta-feira, 3 de junho de 2016

Carnac







Tem chovido muito desde a manhã. Apesar de tudo, a viagem fez-se bem, por uma via de qualidade, e chegamos a Carnac pelo meio-dia.

Após o almoço, o tempo deu tréguas, permitindo a visita à principal atracção desta localidade: os megalíticos pré-históricos.

Não será por acaso que Carnac seja conhecida como um dos locais pré-históricos mais importantes do mundo, com cerca de três mil menires dispostos em filas paralelas e de que ainda não se encontrou a sua finalidade.

É a norte da povoação que se encontram os alinhamentos de megalíticos mais famosos, erguidos no Neolítico Médio, ou seja, cerca de 3 mil anos a. C.: Ménec, Kermario, Kerlescan e Petit-Ménec.


Há quem veja naqueles monumentos razões puramente religiosas, enquanto outros justificam aquela enorme concentração alinhada de possantes pedras com um eventual calendário astronómico.



Para além da cidade de Carnac, algumas dessas construções míticas existem noutras localidades da Bretanha francesa, tais como: Plouharnel, Ploemel e Erdeven. 

Mas, Carnac mostra-nos também outra curiosidade histórica: uma das raças mais antigas de ovinos: a raça Southdown, certamente trazidas pelos bretões quando, cerca do ano 500 d. C., abandonaram a Grã-Bretanha e se instalaram  no que viria a chamar-se de Bretanha francesa, trazendo os seus costumes e língua.

Esta raça de ovelhas caracteriza-se pelo corpo todo coberto de lã, salvo a face e extremidades dos membros, pele cor-de-rosa, cabeça larga, desprovida de chifres e face pequena, chamando a atenção por serem robustas e meigas ao mesmo tempo. 

Apesar do tempo pouco solarengo, tem sido agradável apreciar esta península de gentes de descendência inglesa e de uma singular arquitectura das suas casas.
Depois de Saint-Jean-de-Luz, visitamos e pernoitamos em Roullet Saint Esthéphe – um pequeno vilarejo próximo de Angouleme – e Mauléon (Deux-Sèvres), uma pitoresca cidade semeada de um casario burguês, embora de ruas estreitas e pouco cuidadas.
O percurso, feito por vias principais (semelhantes a autovias) ou por estradas municipais junto a aglomerados habitacionais de acentuada ruralidade, tem sido acompanhado por campos de um verde a perder de vista. É a França no seu melhor!


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