Tem chovido muito desde a manhã. Apesar de tudo, a viagem fez-se bem,
por uma via de qualidade, e chegamos a Carnac pelo meio-dia.
Após o almoço, o tempo deu tréguas, permitindo a visita à
principal atracção desta localidade: os megalíticos pré-históricos.
É a norte da povoação que se encontram os alinhamentos de
megalíticos mais famosos, erguidos no Neolítico Médio, ou seja, cerca de 3 mil
anos a. C.: Ménec, Kermario, Kerlescan e Petit-Ménec.
Há quem veja naqueles monumentos razões puramente religiosas,
enquanto outros justificam aquela enorme concentração alinhada de possantes
pedras com um eventual calendário astronómico.
Para além da cidade de Carnac, algumas dessas construções míticas existem noutras localidades da Bretanha francesa, tais como: Plouharnel, Ploemel e Erdeven.
Mas, Carnac mostra-nos também outra curiosidade histórica: uma das raças mais antigas de ovinos: a raça Southdown, certamente trazidas pelos bretões quando, cerca do ano 500 d. C., abandonaram a Grã-Bretanha e se instalaram no que viria a chamar-se de Bretanha francesa, trazendo os seus costumes e língua.
Apesar do tempo pouco solarengo, tem sido agradável apreciar esta
península de gentes de descendência inglesa e de uma singular arquitectura das
suas casas.
Depois de Saint-Jean-de-Luz, visitamos e pernoitamos em Roullet Saint
Esthéphe – um pequeno vilarejo próximo de Angouleme – e Mauléon (Deux-Sèvres),
uma pitoresca cidade semeada de um casario burguês, embora de ruas estreitas e
pouco cuidadas.
O percurso, feito por vias principais (semelhantes a autovias) ou
por estradas municipais junto a aglomerados habitacionais de acentuada
ruralidade, tem sido acompanhado por campos de um verde a perder de vista. É a França no seu
melhor!
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