Nada como o caminhar
lento pelas brumas da manhã.
Nada como o deleite do chilreio da passarada ao
alvorecer.
Nada como a brisa fresca da maresia para arrefecer as inquietações
que aprisionam o entusiasmo.
Mas há dias que são
assim: emergem presságios que perseguem as primeiras horas. Depois, o
discernimento vai-se desligando da poeira do tempo permitindo enfrentar o porvir
com maior galhardia.
A vida, todas as vidas
são isso mesmo: pontos de apoio e de contra-luz. E nada, mesmo nada está a
salvo. Quando desaparece o ponto de referência inspirador, tudo parece desmoronar-se.
Só aí é que damos conta que a vida é, tão só, um momento de ternura e nada
mais!
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