No passado fim-de-semana houve prenúncios de mortes violentas, inesperadas ou nem tanto assim: Amy Winehouse, dezenas de jovens noruegueses e alguns americanos.
Sinais de que o mundo mostra-se cada vez mais cansado da vida e prefere os caminhos da morte.
Amy era uma estrela que ameaçava desprender-se do firmamento a qualquer instante. Nos escassos anos de vida comportou-se como se estivesse só no mundo! Apesar das multidões que a idolatravam, sentia-se só! E foi a vivência dessa solidão que a fez pensar no sentido da vida e na libertação de todos os seus fantasmas pela morte. Merece respeito, por essa manifestação de lúcida dignidade. Gostei de a ver na loucura breve em que se detinha. Admirei a sua voz de sonho. Não admira, pois, que tenha preferido novas dimensões para se manifestar em todo o esplendor.
Na Noruega, um demónio à solta calou os rumores de uma ilha de maresia e fez estremecer o centro de Oslo. A vida debateu-se, por momentos, num breve confronto com a bestialidade humana. Fruto de uma doentia visão do mundo. Imperdoável o gesto premeditado de se sentir dono da vida de alguém. Na América, repetiu-se o pesadelo do costume. Nada mais do que já não estejamos acostumados.
Carlos da Gama
Fotos: Google Imagens
Carlos da Gama
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