Pelo entardecer, na penumbra do dia
Ergo meu olhar para o céu encoberto
Pressinto uma névoa na alma vazia
Talvez de tristeza que anda por perto!
Depois da vertigem, prossigo viagem
Semeando ao vento saudades sem cor
Sempre a maresia, sempre esta miragem
De sonhos nostálgicos em eterno clamor!
Antes de romper com as rotinas do dia
A Luzinha brilhante vai ao lado da lua
É em ti que eu navego nesta idade tardia
Meu rio de afectos, de afagos e ternura!
Caminho por estradas quase adormecidas
Por negras paisagens com a luz a morrer
As sombras do vento são bem parecidas
Com os nobres silêncios deste entardecer!
Carlos da Gama
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